Facebook
anuncia compra do aplicativo WhatsApp por US$ 16 bilhões
O Facebook anunciou nesta quarta-feira (19) ter chegado a um acordo para
a compra do aplicativo WhatsApp. A transação totalizará US$ 16 bilhões (cerca
de R$ 38,25 bilhões): US$ 4 bilhões (R$ 9,56 bilhões) em dinheiro e
aproximadamente US$ 12 bilhões (R$ 28,68 bilhões) em ações da rede
social.
A aquisição pode chegar a US$ 19 bilhões (R$ 45,42 bilhões), porque prevê pagamento adicional de US$ 3 bilhões (R$ 7,17 bilhões) em ações, para fundadores e funcionários, nos próximos quatro anos.
A aquisição pode chegar a US$ 19 bilhões (R$ 45,42 bilhões), porque prevê pagamento adicional de US$ 3 bilhões (R$ 7,17 bilhões) em ações, para fundadores e funcionários, nos próximos quatro anos.
"Isso é o que mudará para vocês,
nossos usuários: nada", diz um post publicado no blog oficial do
WhatsApp. "O WhatsApp continuará autônomo e operando de forma independente.
[...] Não haveria parceria entre as duas empresas se tivéssemos de comprometer
os princípios que sempre definirão nossa companhia, nossa visão e nosso
produto."
Para
especialistas, a aquisição pode aumentar a representatividade do Facebook em alguns mercados e entre diferentes públicos (os jovens, por exemplo,
que vêm abandonando a rede social).
O aplicativo de comunicação instantânea e o Facebook Messenger
funcionarão de forma separada. A marca WhatsApp será mantida, e a sede da
empresa adquirida continuará funcionando em Mountain View (o Facebook fica em
Menlo Park; as duas cidades são na Califórnia). Jan Koum, hoje
diretor-executivo do WhatsApp, se juntará à diretoria do Facebook.
Em comunicado oficial, o Facebook anunciou que mais de 450 milhões de
pessoas usam o WhatsApp mensalmente, sendo que 70% deles usuários diários
ativos. A companhia divulgou ainda que o "volume de mensagens se aproxima
à quantidade total de mensagens de texto via celular [SMS] em todo o
mundo".
As empresas declararam que a aquisição está alinhada com a missão que as
duas têm de "levar mais conectividade e utilidade ao mundo, entregando
serviços de internet importantes de forma eficiente e acessível".
"O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que conseguem esse feito são incrivelmente valiosos", afirmou Mark Zuckerberg em comunicado (o Facebook tem 1,23 bilhão de usuários ativos no mês).
"O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que conseguem esse feito são incrivelmente valiosos", afirmou Mark Zuckerberg em comunicado (o Facebook tem 1,23 bilhão de usuários ativos no mês).
Em fevereiro de 2012, a maior rede
social do mundo comprou o aplicativo Instagram por US$ 1 bilhão - na época, o
serviço de fotos tinha 30 milhões de usuários.
Histórico
O WhatsApp foi criado por Brian Acton e Jan Koum em 2009. Ambos eram
ex-funcionários do Yahoo!.
O aplicativo é um substituto do SMS. Ele usa o plano de dados de um
smartphone para enviar mensagens aos contatos que também têm o software. O
programa está disponível gratuitamente, por um ano, para as principais
plataformas de sistema operacional (iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry).
Depois de 12 meses, a empresa cobra US$ 1 (cerca de R$ 2,35) para cada ano de
uso.
Em dezembro de 2013, o WhatsApp anunciou a
marca de 400 milhões de usuários ativos. "Quando
dizemos que vocês [usuários] fizeram isso ser possível, falamos sério. O
WhatsApp só tem 50 funcionários, e a maioria é composta por engenheiros.
Chegamos a esse ponto sem gastar um dólar em propagandas ou em campanhas de
marketing", informa um post da companhia.
Diferente de seus concorrentes, o WhatsApp ganha dinheiro apenas com a
anuidade paga pelos usuários. O aplicativo não oferece jogos ou recursos extras
pagos.
Namoro antigo
De acordo com o site "Business Insider", o namoro entre o Facebook e o WhatsApp começou em 2012 e foi selado na última sexta-feira (14) – data em que se comemora o dia dos namorados nos Estados Unidos. Mark Zuckerberg teria se encontrado duas vezes em 2012 com Koum e, depois disso, mantiveram contato em durante alguns jantares e caminhadas.
As fontes do site dizem que Zuckerberg interessou-se pelo WhatsApp por três motivos: o serviço deve chegar a 1 bilhão de usuários logo, o aplicativo tem uma taxa de retorno (pessoas que voltam a usá-lo diariamente) de 70% e por ele achar que a plataforma será tão grande quanto a busca do Google ou o YouTube.
A conversa ficou séria em 9 de fevereiro, quando Zuckerberg, durante um jantar em sua casa, fez a proposta de "fusão" entre as companhias. De acordo com o site, Zuckerberg disse que não seria um processo de aquisição convencional, mas sim uma "parceria". O diretor-executivo do WhatsApp não respondeu na ocasião.
Na sexta-feira, Koum foi até a casa de Zuckerberg. Ele interrompeu o jantar do dia dos namorados entre o fundador do Facebook e Priscilla Chan, sua mulher, para falar que gostaria de fechar o negócio. Os valores, diz o site, foram discutidos durante a sobremesa de morangos com chocolate.
De acordo com o site "Business Insider", o namoro entre o Facebook e o WhatsApp começou em 2012 e foi selado na última sexta-feira (14) – data em que se comemora o dia dos namorados nos Estados Unidos. Mark Zuckerberg teria se encontrado duas vezes em 2012 com Koum e, depois disso, mantiveram contato em durante alguns jantares e caminhadas.
As fontes do site dizem que Zuckerberg interessou-se pelo WhatsApp por três motivos: o serviço deve chegar a 1 bilhão de usuários logo, o aplicativo tem uma taxa de retorno (pessoas que voltam a usá-lo diariamente) de 70% e por ele achar que a plataforma será tão grande quanto a busca do Google ou o YouTube.
A conversa ficou séria em 9 de fevereiro, quando Zuckerberg, durante um jantar em sua casa, fez a proposta de "fusão" entre as companhias. De acordo com o site, Zuckerberg disse que não seria um processo de aquisição convencional, mas sim uma "parceria". O diretor-executivo do WhatsApp não respondeu na ocasião.
Na sexta-feira, Koum foi até a casa de Zuckerberg. Ele interrompeu o jantar do dia dos namorados entre o fundador do Facebook e Priscilla Chan, sua mulher, para falar que gostaria de fechar o negócio. Os valores, diz o site, foram discutidos durante a sobremesa de morangos com chocolate.
Aquisições
O valor pago pelo Facebook é um dos maiores do ramo de tecnologia. A
transação mais recente e com valor aproximado foi quando o Google comprou a
Motorola, em 2011, por US$ 12,5 bilhões.
Recentemente, a varejista japonesa
Rakuten comprou um dos competidores do WhatsApp, o aplicativo Viber – que, além
de enviar mensagens instantâneas, também permite ligações pela web. O valor pago pelo grupo
asiático foi de US$ 900 milhões.
Em abril de 2013, havia rumores de
que o Google compraria o
WhatsApp por US$ 1 bilhão. No entanto, os fundadores da
companhia disseram na época que a companhia não estava à venda.
A compra do WhatsApp pelo Facebook mostra a preocupação da companhia com
o mercado móvel. Apesar de ter uma aplicação que realiza praticamente as mesmas
funções que o WhatsApp, a empresa aparentemente não estava conseguindo conter o
crescimento da adesão ao aplicativo concorrente.
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